terça-feira, 13 de novembro de 2007

Eterno Retorno :: Eternal Return

Pensei, pensei e... fiquei na mesma.
Talvez seja este o significado do eterno retorno, do "Loop" de que falam tão intelectualmente. Não sei... acho que ando às cegas, para variar. Tudo bem, estamos a estudar para sermos teóricos e especialistas do design, dizem. Mas... pensando novamente, desta vez rompendo com o "Loop", se assim o é, porque não o estudamos como qualquer estudante de ensino superior? Porque temos de ler e interpretar da forma que não é a nossa mas a que os Professores dizem que deve ser? Não valeria mais explicitar logo o que estão a pensar em vez de andarem em "loops"? E já agora, se o designer tem o papel de comunicador, como que o messias dos nossos tempos, porque raio temos de ser tão complicados? Não será suposto passar a mensagem de maneira a que todos a entendam?
Retornando à primeira questão, qual é o objectivo de um exercício que tem de ser interpretado, reinterpretado, interpretado e reinterpretado uma segunda vez? Não me parece que este tipo de exercícios me leve a algum lado, a não ser que quem o fez me queira mandar para um lado bem mais desagradável que o virar da esquina. Aí sim, posso compreender! ... Mas esperem lá... estou a pagar para me mandarem à merda? Devo ser mesmo muito estúpida...
Enfim... acho que vou continuar a ser estúpida mais um bocadinho, pelo menos para ter uma licenciatura...

....................

I thought, thought and... back to the beginning.
May be that's the meaning of "eternal return", from "Loop" that they talk so intelectualy. I don't know... think i'm lost for a change. Yes, we are studying to be theorisers and experts in design, they say. But... thinking again, this time rupturing with "Loop", if that's a fact, why don't we study it like any other university student? Why do we need to read, interpretate, not like we would but like the Professors say how it has to be? Wouldn't it be better if they just said what then think instead of going in "loops"? By the way, if a designer has a communicator role, as if we were a messias of our time, why the hell we need to be so complicated? Aren't we supposed to be able to pass the message in a way everyone else understands?
Back to the first thing, what is the purpose of an exercise that has got to be interpretated, reinterpretated, interpretated, and reinterpretated again? I do not think that these kind of exercises will get me somewhere, unless who made them is sending me to a place that is not as pleasant as sending me to the next block. That i can understand! ... But wait... am I paying to have people telling me to go to hell? I have to be very very stupid...
Oh well... I think I'm going to be stupid just a little bit longer, at least 'till I graduate...

7 comentários:

TheArtistFormerlyKnownAs disse...

Como se não soubesses que eu me sinto igualmente estúpido. Por vezes parece que consigo ouvir o meu Q.I. a descer lentamente naquelas apresentações de exercícios.

O meu primeiro contacto com a noção de Loop, foi paí com os meus 5 anosm num jogo da minha consola de simulação de aviões,o 1942, em que o avião gastava loops para escapar do fogo inimigo. Era bem mais divertido....

"Ah não sei quê, aferir o catano, agir com parcimónia, blablablabullshit"".

Eu sugeriria uma fase 5 desta coisa dos manifestos: a fase Supositório. Nós conceptualizaríamos tanto e reinventaríamos para aí 6 vezes prévias os manifestos (tipo ruminância dos bovinos) engolíamos, ruminávamos, mastigávamos, and so on and so on, o resultado seria um objecto gráfico muito semelhante a um pdf apenas com o manifesto escrito tal e qual como originalmente o tínhamos. Na avaliação, reflectíamos a validade deste trabalho (ui tão bom que ele é) faríamos bolinhas com os trabalhos impressos (os cds com os vídeos ficavam de fora) e colocaríamos um a um, os nossos trabalhos pelo esfíncter anal acima, enquanto berrávamos a plenos pulmões: "Se admito engolir estas balelas do conceptual durante anos, ao menos que as coloque num sítio em que não apanhe Sol".

lamento o teor extremamente ricardiano do meu comentário. Mas normalmente fico irritado quando me lembro que me andam a fazer de idiota e eu deixo....

Authentic Petite disse...

Ceus! Acabaste de salvar o meu trabalho madrinha adorada!


Não só concordo com tudo o que acabei de ler, como o compreendo mais que bem.

Krippmeister disse...

O loop o loop... No ano em que fiz esse exercício o enúnciado tinha um exemplo de um loop em formato de filme não interactivo, que eram quatro imagens com acções em loop. Uma era um copoa encher outra uma porta a abrir e fechar outra uma lampada a cender e apagar e mais não sei quê. Eles também me pregaram essa treta da intrepretação e problematização mas no final o melhor trabalho foi o de uma rapariga que fez um filme exactamente igual ao exemplo do enunciado.

Foi nessa altura que eu caguei na média e nas opiniões contraditórias de alguns professores e fiz o que bem me apeteceu. Se bem que tive que me "prostituir" muitas vezes a esse tipo de treta pseudo-intelectualóide para poder acabar o curo.

amores disse...

Hoje apanhei uma dose de Loop que não foi brincadeira.. até me deixou com o estômago ás voltas.

E eu continuo sem perceber qual o objectivo destes exercícios pseudo-intelectuais. Isto não me vai garantir nada no futuro!!

Sinto-me revoltada, triste e sobretudo estúpida..

Mas como dizia a ana, vou ser estúpida só mais um bocadinho, até acabar o curso...

Krippmeister disse...

Os exercícios pseudo-intelectuais dão-te a lábia necessária para, se escolheres seguir a carreira académica, entregares mais exercícios pseudo-intelectuais aos teus alunos, prepetuando a tanga.

Para além disso não te serve de nada.

Krippmeister disse...

Vamos lá a actualizar este blog menina Le Fay!

Ana Maria Baptista disse...

Tem toda a razão Sr. Krippahl! :P